Texto dedicado a todas as pessoas (meninos ou meninas) que têm a Síndrome de “Odeio o Dia dos Namorados”. Feliz Dia dos Namorados para todos vocês.
Todo ano o dia 12 de Junho gera reações controversas. Algumas pessoas pulam de alegria, outras ficam com uma aura de depressão ao seu redor; e outras, ainda, acordam na manhã do dia 12 e pensam: "han?".
Bom, pra mim, 12 de Junho sempre foi um dia "pé no saco". Isso porque é próximo ao meu aniversário e eu nunca pude fazer festa no sábado anterior a ele por causa dessa maldita data (esse ano aconteceu isso, aliás). Mas eu estou sentindo que, esse ano, vai ser um dia ainda mais chato do que o normal.
Ultimamente estou com aversão a tudo o que envolve amor, romance e essa melação toda. Não sei por que; acho que envolve um pouco de frustração e cansaço. Cansei dessa coisa de namorado, namorada, casalzinho, blablabla. Chega de viver num romance barato para adolescentes, em que a principal se apaixona pelo popular da escola, que se apaixona pela amiga da principal, que se apaixona pelo amigo da principal, que se apaixona pela principal. Se é confuso de ler, imagine o quanto é confuso de viver.
Cansei disso. Então, pra mim, 12 de Junho vai ser dia de acordar cedo, estudar, fazer caminhada (ou não) e passar a tarde na cama assistindo Harry Potter 2 enquanto meus pais, minha irmã e meu cunhado saem - obviamente, não os quatro juntos. Minhas únicas companhias vão ser uma barra enorme de chocolate, uma garrafa de Coca de dois litros, três bruxos pré-adolescentes e uma cobra imensa e letal. Yay!
Claro, bem no fundo provavelmente vai ter uma vozinha dizendo: "você está sozinha no Dia dos Namorados. De novo.". Mas eu vou responder pra ela: "não estou, não. Eu tenho eu".
Porque eu acho que é disto que as garotas precisam. De uma overdose de autoestima. Nós crescemos vendo mulheres bonitas que encontraram a felicidade quando conseguiram um relacionamento. Primeiro, vimos as Princesas Disney: Aurora (Bela Adormecida), Cinderela, Mégara (de Hércules), todas viviam em miséria total até que o Príncipe as resgatou.
Depois, quando crescemos um pouco, fomos bombardeadas com séries de televisão clichês, nas quais a mesma história sempre se repetia. A personagem principal sempre é apaixonada por um menino da escola, e pelo menos metade dos episódios da série envolvem o drama que ela vive para tentar fazê-lo se apaixonar por ela. E o que isso nos ensinou? Que ter o amor daquele menino específico, que nós elegemos como "nossa paixão", é pelo menos metade da nossa vida.
Nossa pré-adolescência acabou sendo consumida em função do tal garoto, e foi só quando a gente cresceu mais um pouco que percebeu que não precisa dele; ou a gente "se cansou de sofrer", ou descobriu que ele não é tão legal assim. Mas aí, logo que tivemos essa epifania, caímos em outras armadilhas. Filmes de comédia romântica, sempre com um galã e terminando em beijo; livros românticos para adolescentes (coff coff Crepúsculo coff coff) com personagens maniqueístas; milhares de estratégias da mídia deixando bem claro que garotas que não vivem uma louca história de amor não são felizes.
O resultado disso tudo é uma tendência a colocar o romance e os relacionamentos como a panaceia do mundo. Como se ter um namorado fosse condição de felicidade. E, na verdade, não é.
Relacionamentos não fazem magia. Não é só porque você está namorando que tudo na sua vida vai ser maravilhoso. Um relacionamento é um compromisso com outra pessoa, que demanda tempo e atenção para mantê-lo. É uma preocupação a mais. E, em alguns casos, pode criar muito mais problemas do que resolve.
O problema é que nós, garotas, ficamos tão obcecadas com os relacionamentos dos filmes e livros e séries de TV que esquecemos do relacionamento mais importante que nós temos: conosco mesmas. Ficamos preocupadas em conseguir aquela felicidade das personagens principais das nossas histórias preferidas, e começamos a procurá-la. E aí ficamos tristes no dia 12 de Junho porque não achamos nosso Príncipe, ou nosso Edward Cullen/Jacob Black, ou o diabo a quatro.
O problema é que a felicidade não está nos relacionamentos. Eles podem nos deixar felizes, claro que sim. Afinal de contas, o amor existe. Mas não é nele que felicidade reside. Ela está dentro de nós, e tudo o que um relacionamento bem sucedido faz é trazê-la a tona com facilidade. Só que há muito mais coisas espalhadas por aí que fazem o mesmo; a gente só tem que achá-las.
Pra mim, uma barra enorme de chocolate, uma garrafa de Coca de dois litros, três bruxos pré-adolescentes e uma cobra imensa e letal são o suficiente.
-x-
(Consegui fazer a formatação funcionar. IN YOUR FACE, Google! hahah)
Achei SUUUPER váalido e diigno o texto!
ResponderExcluirFatãao isso! ;DD
Edwaard aah/ *-*
SHUSAHUSHAUHASHSA, parei -q ;D
CHOCOLATE! CHOCOLAATE! -q 8DD
USAUHSUAHHSA,rashei do parênteses final ;DD
MAARA!
beeijos:*
Adorei o texto, Das ist wirklich wahr(realmente verdade)! Mas meus companheiros do solitário dia dos namorados são uma garrafa de vodka, ou qualquer outro liquido modafoca, filmes de ação com bastantes explosoes, tiros e neguin voando pelos ares + escutar metal,para que meu alter-ego mate minha auto-piedade, tristeza e amargura. Fazer o que. Não sou homem de ficar a caça de mulheres erradas, como fazem muitos.
ResponderExcluirHAHAHAHAHAHA, fui uma das primeras a ler esse texto!
ResponderExcluire outra, pra mim, Dia dos Namorados é dia de ir pra casa das amigas solteiras e fazer uma festa que quem namora neeeeem sonharia em visitar. Aí sim, você se sente bem. AUHAUAHUHA
adorei o texto, again.
Oi, vi seu blog na comunidade de jovens escritores e vim conhecer.
ResponderExcluirPArabens. Adorei o texto sobre o dia dos namorados...rsrs
Se quiser visitar meu blog:
www.mulheramademais.blogspot.com