Ser um escritor não quer dizer apenas escrever textos literários. Não é escutar os sussurros apenas dos seus personagens. Muitas vezes, é escutar seus próprios surrurros, e encontrar sua própria voz.
As pessoas logosóficas vão enteder pra quem é esse texto, e eu ainda vou pregá-lo no mural da escola. Mas, enquanto ainda preciso dos meus pontos, vamos ficar por aqui.
Você não pode nos tratar assim. Você não pode calar nossa voz. Ah, mas o verbo “poder” tem significados demais. Você não deve nos tratar assim. Poder, você pode. Você tem esse poder. Mas por quê?
Idade não quer dizer experiência. Idade não quer dizer respeito. Respeito é algo que se conquista com tempo de convivência, não tempo de vivência. Respeito é algo mútuo.
Hierarquia não quer dizer direito. Quer dizer acordo, compromisso, e responsabilidade. Responsabilidade com os seus deveres, responsabilidade como chefe com os seus subordinados. Responsabilidade de ser respeitoso.
Poder não quer dizer que pode. Poder quer dizer que você deve ser cauteloso, e que alguém te concede permissão para fazer alguma coisa. Não há poder sem permissão; não há permissão sem confiança; não há confiança sem respeito.
Não há poder sem respeito.
Somos jovens, mas temos senso de justiça. Somos jovens, mas temos voz. Somos jovens; erramos. Não temos tanta experiência. Mas valorizamos muito e tiramos muito aprendizado das poucas que temos. Talvez essa seja a diferença entre nós.
Merecemos respeito. Você é nossa superior? Não. Não somos inferiores a você; nem mesmo hierarquicamente. Pois não existe nada como hierarquia. Existe um contrato social, em que concedemos a você poder de tomar algumas decisões. Nós te damos permissão - mas não há permissão sem respeito.
Somos jovens, mas temos senso de justiça.
Somos jovens, mas não somos diferentes de você.
Somos jovens, mas temos voz.
Geenial, Keeats!
ResponderExcluirConcordo plenamente ;D.
Coloque lá na sala, faato.
"Somos jovens, mas temos voz." *-*
Paarabéns de novo ^^
Esse texto diz MUITA COISA que eu sempre quis dizer pra muuuita gente! Só tem um problema: minha lista de favoritos agora parece mais uma lista com todos os seus textos. Comolidar?!
ResponderExcluirhaha adorei (:
Fatalmente, deveria ter um texto desses. Todo mundo quer dizer isso, mas ninguém tem essa moral. Por isso que a faculdade é boa, digamos: sempre podemos dizer o que pensamos, pois somos representados.
ResponderExcluirMas, voltando ao assunto... parabéns. Você disse tudo o que está engasgado no colégio discente como um todo. Mas, tenho a te questionar: você não acha que, se foi estabelecido um contrato social, o qual foi assinado pela sociedade, o direito de pleitear direitos (implicando em uma relação de "poder" logicamente invertida, afinal, quem paga é o povo) seria dos alunos?
Vi o outro lado da mesa, fui monitor, fui professor. E, não é tudo rosas o que nós vemos, sabe porque? Pensamos que todos os professores queiram abusar de seu poder, mas não é bem assim. Porque você acha que o professor demora só 25 anos para aposentar? É uma das profissões que mais desgasta (no lado psicológico) o trabalhador. Tive a sorte de ouvir os meus orientadores na monitoria: quem, muitas vezes (na opinião deles) abusa do poder, é o aluno. Concordemos, de 30 jovens, 28 se comportam direito, e 2 são as maçãs podres. Logicamente, o professor vai se sentir atacado, e sentir seu "carisma" indo por água abaixo, e isso o empurra para o "abuso". Francamente, a culpa é a das maçãs podres, sempre foi. Questione-se: não é verdade?
Não quero jogar pedras no teu texto, que ficou esplêndido. Mas, te questionei por uma simples razão: nunca devemos deixar que uma opinião nos guie. Temos de questioná-la, confrontá-la, desafiá-la, sem ter medo. É a nossa única arma. O segredo, para tirar esse peso da consciência, como você fez, é desafiar, questionar. Continua assim, você vai brilhar sempre mais! Parabéns, parabéns, parabéns.