Atenção à pontuação na hora de ler pra ficar claro qual é a construção; lembrando que as frases estão divididas nos versos, começando num e terminando noutro.
Pra quem quer navegar
Até o Paraíso
Deixo o aviso:
Antes do fim do mar
Há o fim do mundo,
Onde as águas revoltas
Lançam pedras soltas
Do chão não profundo.
Os lírios tão alvos
São só ilusão,
E a embarcação
Não está a salvo
Com velas nem remos.
Só mesmo a corrente,
Nem fria, nem quente,
Leva aonde queremos
Sem pausa ou descanso.
Segue a embarcação
Até que a tripulação
Dispense o ritmo manso
E cave uma pausa.
O navio desvia
E é tanta alegria
Esquecer-se da causa
Por mesmo um só dia.
Quando têm que retornar
À viagem ao fim do mar,
Porém, agonia!
Uma vez que se sai
Não se volta à corrente;
Não assim facilmente:
O caminho se esvai.
Pra quem quer navegar
Até o Paraíso
Deixo o aviso:
Antes do fim do mar
O fim do mundo castiga
Quem não se entrega,
Mas navegue sem trégua,
Não pare, prossiga.
Agora, tão perto,
É inútil deter-se;
Parar é perder-se,
É fatal decerto.
Esse poema tá até bem grande (44 versos!!!), e demorou três semanas pra ficar pronto. Ainda não estou muito satisfeita com a última estrofe, mas se eu fosse mexer nela teria que mexer em todo o poema, e gostei de como ele saiu. Na verdade, ele é meu xodozinho (Q); eu e ele dividimos um certo segredo haha. Digo que é um segredo nosso porque escrevi pensando numa situação específica, mas o poema fala da situação geral. Enfim =)
Aah, tem uma intertextualidade nele. Quem achar ganha um oi e um parabéns no próximo post, hein? Hahaha!
Aah, tem uma intertextualidade nele. Quem achar ganha um oi e um parabéns no próximo post, hein? Hahaha!
COOOOMO assim 44 versos? como vocês, poetas, têm paciência pra escrever tudo isso?
ResponderExcluirmesmo assim, está liiindo! adorei mesmo (: